5 álbuns para conhecer

Depois de uma certa demora, voltamos com uma nova lista de lançamentos recentes que chamaram a nossa atenção.

Para acompanhar nossos destaques de 2018, siga nossa playlist no Spotify, essa à esquerda.

Para conhecer mais bandas de metal, siga nossa playlist de Metais Diferentes, também no Spotify:

 
Banda: Mosida
Álbum: Clouded Crown
Lançamento: 20 de Agosto
Gênero: Sludge Metal, Grunge, Post-hardcore
Para fãs de: Baroness, Kylesa
"Clouded Crown" é o primeiro álbum do quarteto norte-americano Mosida. A distorção suja das guitarras coloca a banda no nicho do Sludge mas o grupo tem vários outros predicados. A começar pelo fato de contar com 3 vocalistas já que todos, exceto o baterista, cantam, e muito bem por sinal. Os três são capazes de colocar muita emoção em seus vocais principalmente nos momentos mais catárticos das músicas. "Sinking Ships" (a melhor música do álbum), por exemplo, começa como típico sludge metal, levada por uma bateria tribal e uma melodia de certa forma melancólica. Na metade da música, um riff solitário de guitarra dá um tom carregado e triste antes da música retomar  sua marcha até o refrão cantado em uníssono. "Clouded Crown" mostra que o Mosida é capaz de misturar vários gêneros (desde Mastodon e Red Fang até Soundgarden e Hot Water Music vêm a mente ouvindo o álbum) e colocar emoções genuínas em suas músicas.




Banda: Piah Mater
Álbum: The Wandering Daughter
Lançamento: 5 de Outubro
Gênero: Progressive Death Metal
Para fãs de: Opeth, Enslaved
Piah Mater é uma banda nacional, especificamente do Rio de Janeiro, mas que parece saída da Suécia. Em seu segundo álbum apenas, a banda faz um Death Metal progressivo para fã nenhum de Opeth (fase pré-Heritage) botar defeito. Todos os ingredientes do gênero estão em "The Wandering Daughter": músicas longas com riffs pesados de death metal, vocais guturais (às vezes até de black metal), vocais limpos, solos rápidos, solos ao estilo Pink Floyd, passagens acústicas, momentos atmosféricos e etéreos, solos de teclados, momentos técnicos, ritmos complexos e por aí vai. É animador ver uma banda, em seu segundo álbum apenas, já mostrando tanta capacidade, ainda mais sendo brasileira (leve sentimento ufanista).




Banda: Riverside
Álbum: Wasteland
Lançamento: 28 de Setembro
Gênero: Prog Rock/Art Rock
Para fãs de: Anathema, Porcupine Tree
"Wasteland" é o primeiro álbum dos poloneses do Riverside após a morte do guitarrista Piotr Grudzinski em 2016. O grupo resolveu continuar como um trio, com Mariusz Duda (vocalista e baixista) assumindo também a maioria das guitarras e recorrendo a guitarristas convidados para alguns solos do álbum. Mas, infelizmente, a ausência de Piotr é muito sentida em "Wasteland" sobretudo porque seus solos no melhor estilo David Gilmour e suas linhas simples, viajantes e cheias de reverb eram uma parte fundamental do som da banda. Por outro lado, o "novo" Riverside potencializa outros aspectos do seu som como músicas mais acústicas,  músicas com riffs mais pesados de guitarra e maior participação dos teclados, algo próximo do progressivo/hard rock dos anos 70. No final, Mariusz Duda continua sendo a principal força criativa do grupo nas composições, nas letras e nos vocais, por isso, boa parte da identidade do Riverside permanece intacta em "Wasteland".

Wasteland



Banda: The Elite
Álbum: Total Destruction
Lançamento: 28 de Setembro
Gênero: Groove Metal/Metalcore
Para fãs de: Chimaira, Mnemic
The Elite é o novo projeto de Rob Arnold, ex-guitarrista do Chimaira, e Austin D'Amond, ex-baterista do Chimaira e atualmente no DevilDriver. Mesmo sem essa informação, fãs de Chimaira identificariam imediatamente alguma relação entre The Elite e a extinta banda, principalmente no tom de guitarra e nos riffs característicos de Rob Arnold. Como eles mesmo se descrevem, a banda faz metal moderno, ou seja, espere riffs muito pesados, com muito groove e muita técnica (resquícios claros de Meshuggah). A maior diferença entre The Elite e Chimaira são os vocais, aqui eles são mais puxados para o hardcore (mais berrados) e tem bem menos variedade, o que diminui as possibilidades da banda. Com mais variedade (vocais limpos ou guturais), Total Destruction poderia estar em outro patamar.




Banda: Vreid
Álbum: Lifehunger
Lançamento: 28 de Setembro
Gênero: Black Metal
Para fãs de: Enslaved, Immortal
Por fim, os noruegueses do Vreid lançaram no final do mês passado seu oitavo álbum de estúdio. "Lifehunger" mostra a banda avançando na sua proposta de um black metal bem acessível com ótima produção e toques progressivos, algo semelhante ao seus conterrâneos do Enslaved. A maior diferença entre as duas bandas está justamente na quantidade dos toques progressivos, enquanto Enslaved tem feito composições cada vez mais progressivas e longas, Vreid ainda é uma banda primordialmente de black metal. Assim, "Lifehunger" é um álbum enxuto em que a banda dosa muito bem suas habilidades com momentos de puro black metal, momentos mais serenos, seja com partes acústicas ou solos melódicos, e momentos em que os dois mundos se encontram (geralmente esses últimos são os melhores do álbum). Alguns destaques de "Lifehunger" são a faixa-título que possui um riff inicial parecido com Sorceress do Opeth, uma penca de riffs de black metal e belos solos melódicos. "The Dead White" tem um riff principal que é o mais grudento e acessível que o black metal consegue soar. E "Hello Darkness" nem precisa de distorção e vocais de black metal para ser a faixa mais sombria do álbum, para isso, basta a participação do vocalista do Sólstafir, com seus vocais desesperadores, e guitarras minimalistas.

Lifehunger




Comentários

Postagens mais visitadas